quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Mais uma ....

Por muito que já tenhamos vivido e vivenciado certas e determinadas situações, pensamos sempre que já estamos "vacinados" para a maioria das coisas que podem surgir. Pois bem, estava enganada.
Ontem aquando da terapia do "pintarolas" no APPC do Porto (Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral), mas conhecida por Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral do Porto eis que uma das terapeutas do meu filho me diz: "mãe prepare-se é muito provável que o seu filho daqui a pouco deixar de vir" (se eu não soubesse a condição do meu filho diria Uipi que bom), assim tornei por resposta "desculpe como assim" obtive uma breve explicação " sabe estão a entrar muitas crianças e as que estão há mais tempo como o seu filho tem de dar lugar" - eu logo a pensar hà mais tempo o pintarolas fez agora em Julho 2 anos que frequenta aquela instituição - e eu "e depois??"; "Depois ele irá ser avaliado de 6 em 6 meses ou de ano a ano e quando a mãe precisar de algo entra em contacto connosco".
O meu Tico e Teco (desculpem a expressão é a forma carinhosa que uma amiga minha tem de chamar os neurónios) começaram a falar entre si - isto é surreal, como é que uma criança com Paralisia Cerebral (Tetraparésia Espástica com Hemiparésia Esquerda) tem "alta" dos tratamentos dum centro que é vocacionado para a patologia dele. Vai para onde?? Para um Clínica de Fisioterapia com P1.
Questionei logo:"desculpem e alternativas", obtive "tem gabinetes, clínicas com P1's e olhe Fisioterapia até pode obter P1 já para terapia da Fala" e eu logo a interromper "e terapia Ocupacional ainda pior".
Fico indignada só de pensar, mas que em breve será uma realidade: uma criança com esta patologia a ter 1 hora de Fisioterapia não é suficiente. Bem sei que Pintarolas no Centro de Paralisia só tem 1 sessão de Fisioterapia, 1 sessão terapia da Fala e 1 sessão de Terapia Ocupacional por semana. Senão fosse a Hidroterapia que faz a bi-semanalmente a carácter particular não sei não.
Vemos na Televisão novas frotas de automóveis para os políticos, em vez de investirem em mais centros (APPC), mas isto é uma miragem.
Desculpem este desabafo, mas sou defensora que as terapias deveriam ser realizadas ou integradas nos estabelecimentos de ensino não tem cabimento profissionais do mundo da Educação (aquando inseridos em Escolas frequentadas por Crianças com Necessidades Especiais) não tenham o acompanhamento, nem o auxílio dos técnicos da área da Reabilitação.
Nestes últimos 2 anos em que o meu filho frequentou o Jardim de Infância nunca teve 1 técnico que se dignasse a deslocar ao estabelecimento de ensino para ver os recursos existentes; as ajudas técnicas que existem; explicar posicionamentos e posturas. Dizem: "Existem Equipas da DREN para esse efeito" e eu questiono "Onde estão elas?".

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